Entre as Falas do Silêncio
Entre as Falas do Silêncio
O arpejo já paira,
Cortejando minhas pautas
Ainda caladas, ancoradas pelo lumiar
Dá fonte desaguando em saudade!
A noite é soberana,
Debruça-se sobre o chão de giz,
Inventando lentes e abecedários,
Prosaicos devaneios que alma me convém
Como um elixir ao coração!
Entre as falas do silêncio
Dou voz ao meu ais,
Embevecido na linguagem vinda dos anjos
Mensurando suas liras, me seduzindo,
Pois a luz ainda canta em sol maior!
Meu pranto quase infantil,
Leva-me a caminhar pelas ribaltas
Estendidas ao infinito marcado por velas embriagadas,
Desnudando a poesia, aproximando
O preito do beijo, o sentir do sentimento!
Auber Fioravante Júnior
12/07/2011
Porto Alegre - RS