AGONIA DO POETA
A orvalhada flor que inebria,
Desperta no peito do poeta o amor,
Enfeitiçado pela mulher que diz bela,
Desmancha-se em sentimentos de dor.
A noite se faz longa e o agita,
Enquanto adormecida sonha,
Toda cheirosa suspira e ressona,
O poeta enamorado chora.
Seus olhos úmidos observam a foto,
Tudo que só lhe traz mais saudades,
E dobra a fronte sobre a mesa,
E a alma soluça de dor e ansiedade.