Branco Cetim

Não vejo a hora de sentar

À sombra do cogumelo, desnudando

Teu olhar em versos sem sentido

Em frases sem efeito, entrelaçando

Gritos e sussurros e te levar ao cume

Do arco-íris em nosso alazão pelos

Odes da paixão em sedução!

Não vejo hora de cuidar

Teu jardim com a lágrima da doce poesia,

Que te canta em entoados pífanos

Descritos nas claves da lua cheia

Testemunha ocular do sutil

Deslizar do branco cetim!

Quero despir teu âmago

Em acordes insanos vindouros,

Do leve balet das dançarinas garças

No sobrevôo da emoção

De amar e te amar!

Não vejo a hora de sentir

Teu pecado, em eruditos gemidos

Migrantes deste reluzente desejo

Mais do que versejado hoje

Imaculado em frenéticas carícias

E beijos de um mesmo segredo!

Não vejo a hora de degustar

Sua maçã em toques molhados

Abraços sem culpa, femea das

Mil venturas apaixonadas, embriagadas

Nas águas de Afrodite, a Deusa que

Navega nas cristalinas nascentes

Que fazem de ti o amor em mulher!

Auber Fioravante Junior

09/12/20069

Porto Alegre – RS

Auber Fioravante Júnior
Enviado por Auber Fioravante Júnior em 12/12/2006
Código do texto: T315795
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