ENTARDECER DE UM SOLITÁRIO AMOR
Entardeceu, e entre as brumas do inverno, a minha alma sofre silenciosamente.
Tão triste e solitário o meu amor suplicou.
Suplicou entre o crepúsculo amargurado, as feridas desse sentimento que ainda não cicatrizou.
De que um dia estivera a felicidade, e agora apenas a penumbra da solidão me acompanha.
Desiludido, as lembranças machucam profundamente, o meu viver.
Da orquestra tocando a nossa melodia, e você murmurrando as mais belas e infinitas juras.
Juras que eternizaram o nosso amor.
Olhando entre o horizonte, sozinho, os meus pensamentos tentam, te esquecer.
Esquecer de que um dia, fiz parte de teus desejos, teus devaneios, e de teus ocultos segredos.
Vai entardecendo, e a angústia domina a minha esperança.
De que um dia reviva em teus braços, esse amor, que ainda não pereceu.
E cada lágrima que cai de meus olhos, a saudade aumenta a dor de não lhe ter neste momento.
Entardeceu, e entre a mais copiosa e profunda balada chorei.
De desamor, a solidão perene em meus sentimentos.
E olhando esse entardecer, solitário contento- me, com suas lembranças.
E através de meus olhos a virtude de lhe ter, entre os meus afagos, os meus carinhos, é apenas utopia.
Utopia de um amor, que não foi preenchido, quando estava ao meu lado, compartilhando as mais inocentes e puras fantasias.
E neste momento, contemplo solitário esse entardecer.
Que me trouxe saudades, de um dia, o passado representou o nosso amor.
E agora só as marcas me machucam profundamente.
Nesse entardecer, que jamais esquecerei.
Albatroz Solitário