Diz-me…
Onde ocultar a arma
De destruição maciça
Que uso para expressar
Todo um contentamento
Porque quando as sombras surgem
Tal tipo de manifestações
Não me atrevo a manifestar…
O local
De uma batalha banal
Porque se o é
Não lhe vou ligar
Porque aprendi
Que esse tipo de guerras
Podem moer
Mas não podem fazer mal…
A localização
Da máxima desagregação
De forma a esquecer o seu lugar
Apagar do meu mapa mental
A sua localização…
Se és um reflexo
O espelho de algo real
Um holograma
Que devo olhar
Sem olhar
Que devo escutar
Sem realmente ouvir
Que devo perceptir
Sem me dar ao luxo de sentir
Diz-me onde te encontras
Completa
Com o corpo e a alma
Com a dor a coexistir
Ao mesmo tempo com a felicidade
E não separada
Porque com o tempo
Aprendi a detestar
Esse tipo de cisões
Esse tipo de ambiguidades
Mostra-me pois onde te posso encontrar
No mesmo todo
No mesmo lugar
Pois é nesse ponto em ti
Que desconheces
Onde os dois
Completos
Iremos estar
Mesmo que tal seja o nosso máximo sonho
Um idealizado futuro
Que nos dá forças
Para aguentar um presente
Que está longe de nos agradar
Sonho belo
Redundante
Que por si só nos faz sonhar
Pela simples
E absurda razão
Que nunca lá iremos chegar…