Amor Senil... ou como quiser chamar
E de repente surge o amor!
Curioso essa coisa de amar...
Ele gosta, ela ama.
Ele escreve sobre ela;
Ela pinta para ele.
LOUCURA
Seria cômico se não fosse trágico
Esse amor de criaturas
Esse amor de criadores
Autógrafos, sorrisos, fãs
Ele bebe, ela chora
Mas temporariamente...
Logo vem a glória cobiçada
A glória estimada,
E daí para frente tudo seriam palavras...
Seriam!
Novos corpos, outras almas
O beijo ardente da boca carente
O astro que titubeia
E a louca fã que o beija
Nesse ponto, até quem está de fora se apaixona
Pelo corpo suado, beijado
Pela boca caliente.
As cenas que se seguem são muito bem qualificadas
Como pornografia adaptada.
Aquela que não se vê,
Mas que dá pra sentir a insanidade do amor.
Acabo de perceber que as palavras
Insanidade e amor ficam muito bem juntas.
Quem, se não um louco,
Amaria tanto outro alguém que não fosse seu próprio ego?
Surge a pergunta:
Devo ou não amar-te criatura?
Já não consigo decidir.
Nada fixa-se em meu cérebro...
Indisponível, ocupado.
Andarei fora um tempo.
Por favor, deixe recado!