Lamento Singular

De olhos fechados, calo-me na dor musicando

Minhas palavras aportadas em naves,

Transcendendo a lógica, a compreensão

De caminhar dentre pétalas e pérolas

Perpetuas passageiras do tempo!

Nos versos do profeta

Encontrei um soneto vestido de imensidão

Trazendo no seio um preito de luz,

Na face um sonho vespertino

Delegando em detalhes a matiz do sorver!

Na seda colorida,

Mora o perfume, o mesmo que conheci

Pelo vento primaveril me inspirando

A viajar nas entrelinhas úmidas e singelas,

Do sutil lamento singular ao coração!

Encantado pelo destino,

Doou-me as partituras insanas

Pedindo ao luar um novo inicio,

Quem sabe um renascer no lábio

De essência escarlate e sentimento insinuante!

Auber Fioravante Júnior

02/08/2011

Porto Alegre - RS