Tenra Alquimia

Entre as labaredas,

Voeja em lamentos o xale multicor

Esculpindo-te na nudez, no desejo

De naufragar em teus ensejos únicos,

Como a lua do perdão!

Sinto teu entregar em antologias mágicas,

Inundadas de quimeras fascinantes,

Feito a melancolia do luzeiro ampliando a sombra

Estampada nas cortinas lisas, verde oliva...

Ensaiando o balé da vida!

Tudo é uma tenra mistura

Emergindo da alma insinuando apelos,

Ébrios consagrados no ser sublimado

Nas faces do sentimento que brota dos poros...

Em feches de luz e sofreguidão!

Ah! O dançar

Invadindo a madrugada idílica

Fazendo o tempo parar,

Adentrando pelos veios, teus seios...

O abraço, o beijo centeio!

Auber Fioravante Júnior

31/07/2011

Porto Alegre – RS