Lira em Torpor

Como que alçado aos vinhedos,

Fiz-me em palavras te desnudando

Em raras quimeras, eras esvoaçantes,

Entregando às páginas rubras operetas,

Odes mensurando paixões!

Amparado pelo tempo,

Vasculho meus baús anunciando a flor

Em violeta enluarada, raiando trejeitos,

Incontidos no opio embevecido em nostalgia,

Lira em torpor incondicional!

Pelo meu rosto miúdo,

O tecer da poesia é dos diamantes

Construindo em cada pauta vigente,

Um porto, um cruzeiro do Sul

Unicrescente no teu peito em sol maior!

Seguindo ao vigiar dos ventos,

Velo em prelúdios toda forma de amar

Trazendo de dentro o navegar das naves,

Em solitude por mares e polos consagrados,

No viajar, nas peles em confraria pelo gostar!

Auber Fioravante Júnior

28/07/2011

Porto Alegre - RS