Somos namorados.
Somos namorados;
somos noivos;
somos casados.
temos aliança;
temos o papel passado.
Mas de que adianta a aliança?
Se o meu coração não está amarrado!
De que adianta o papel passado?
Se amanhã estou adulterado!
O que vale é a consciência;
de que meu amor está comigo selado;
o que vale é a cumplicidade;
é fingir ter a ingenuidade;
para se defender da promiscuidade.
São tantas cantadas;
que se não tiver amor;
vai-se embora o trato passado;
de: serei fiel até a morte;
este é o passaporte para a felicidade;
ou até que você me deixe incompatibilizado.
No início há uma inocência;
passa-se por tudo sem eloquência.
Huuuum!... E as confidências!
Acha-se graça de tudo;
beleza nas nuvens, na natureza...;
Olhe! A lua! Ela está se escondendo!
É de você minha princesa;
Está com vergonha da sua beleza.
É, meu principe encantado;
Estou por você muito apaixonada!
Depois tudo muda, fica tudo assombrado;
a lua já não é mais bela;
ao invés de se comer no prato;
se come na panela.
As flores não tem mais graça;
os pombinhos já não passeiam na praça.
Foi-se a beleza, agora, os espinhos é que marca.
Onde está o amor? Sumiu?
É a tpm? É o estresse?
Sei lá! Nessa hora tudo a gente esquece.
É..., o amor é eterno ou é passageiro?
O que adianta ganhar o mundo inteiro?
As coisas, a vaidade, é efêmera;
é, já não se valorizam mais as fêmeas;
o que será que deu nos homens?
São os tempos modernos!
A vida hoje se tornou num inferno.
Meu marido não dá mais no couro;
talvez esteja vindo um amor vindouro.
Acabou-se a fantasia!
Socorro! Help! Meu romance está acabando!
Ele ou ela estão aos prantos.
Porque? Quebrou-se o encanto.
Deu meia noite, morreu a cinderela;
e o principe encantado? Fugil pela janela.
Ah! Quem me dera entender o amor.