Um dia que não nasceu
Na lágrima do olhar
Um dia fundiu-se o desejo e o medo
A vontade que ficou guardada
Na verdade do coração.
No suspiro repentino
Viu-se o orgasmo que não consumou o ato.
O cheiro que não se sentiu.
O sonho que não se viveu.
O que fazer com as lembranças de algo que não se foi?
Ou do gosto do corpo que não se lambeu?
Não sabe, porém a imagem está lá
Guardada no baú dos segredos,
Onde só quem tem a chave pode descobrir...
Lembranças... quem não as tem?