O tempo não pára
Enquanto o tempo passa
Em tiques-taques compassados
Olhos molhados
Turvam a visão
Uma lágrima no chão
Fragmenta um amor
Um soluçar desmedido
De um peito magoado
Outrora, amado
Nunca em vão
Compassa o coração
Que sofre calado
E num dia ama-se
Como nunca se amou
Noutro, a dor do amor
Que passou, e se foi embora
Com o bater das horas.
Num tic-tac mudo.