O tempo não pára

Enquanto o tempo passa

Em tiques-taques compassados

Olhos molhados

Turvam a visão

Uma lágrima no chão

Fragmenta um amor

Um soluçar desmedido

De um peito magoado

Outrora, amado

Nunca em vão

Compassa o coração

Que sofre calado

E num dia ama-se

Como nunca se amou

Noutro, a dor do amor

Que passou, e se foi embora

Com o bater das horas.

Num tic-tac mudo.

Luis Roggia
Enviado por Luis Roggia em 08/08/2011
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T3147793