Devota aos teus pés
Que levantem os canhões,
que jorrem sangue sobre o chão sujo
de quem pisou trilhando caminhos de dor.
Que atirem no meu peito para atingir meu medo
e quando eu declarar vingança descubram
que o sangue que jorrou foste do meu amor.
Então verão meus olhos arderem
minhas mãos tremulas não se renderem
nem as balas de chumbos.
Segurarei sua mão, mesmo quando meus dedos
estiverem depenados com a chuva de ácido que
protegi teu rosto.
Te abraçarei tão forte que serei como a Alemanha
foi para Hitler. Eu irei ir embora como Gétulho Vargas,
mas você saberá como ninguém o quanto
eu devotei meus dias aos seus e lembrará do meu nome
como-se eu pudesse ser Deus. Serei a cebola, inevitável não chorar
se olhar para ela.
Eu levarei você nas costas, como o ''corcunda de nortre dame'' levava sua concorda, e espero que todos percebam que você é parte de mim,
mas não a parte que me envergonha, mais a que fez Esmeralda se apaixonar.
E se for para me esquecer, que seja porque te amei
demais e esqueci que dentro de mim um coração batia também.