Devota aos teus pés

Que levantem os canhões,

que jorrem sangue sobre o chão sujo

de quem pisou trilhando caminhos de dor.

Que atirem no meu peito para atingir meu medo

e quando eu declarar vingança descubram

que o sangue que jorrou foste do meu amor.

Então verão meus olhos arderem

minhas mãos tremulas não se renderem

nem as balas de chumbos.

Segurarei sua mão, mesmo quando meus dedos

estiverem depenados com a chuva de ácido que

protegi teu rosto.

Te abraçarei tão forte que serei como a Alemanha

foi para Hitler. Eu irei ir embora como Gétulho Vargas,

mas você saberá como ninguém o quanto

eu devotei meus dias aos seus e lembrará do meu nome

como-se eu pudesse ser Deus. Serei a cebola, inevitável não chorar

se olhar para ela.

Eu levarei você nas costas, como o ''corcunda de nortre dame'' levava sua concorda, e espero que todos percebam que você é parte de mim,

mas não a parte que me envergonha, mais a que fez Esmeralda se apaixonar.

E se for para me esquecer, que seja porque te amei

demais e esqueci que dentro de mim um coração batia também.

Milena Miranda
Enviado por Milena Miranda em 08/08/2011
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