Amor em rotina
Flutuando na imensidão,
De um oceano de silencio e só.
Olhando o passar dos dias.
Esperando o que, não se sabe.
Decorando o percurso do sol e da lua,
Na monotonia de um dia após o outro.
E de repente aparece alguém.
Um amor à primeira vista.
Devolvendo novamente o ar ao peito,
A cor aos olhos,
O chão aos pés,
Mas junto com o amor,
Nasce também um medo.
Medo de voltar à monotonia.
De não ter mais com quem contar.
Pra quem dizer como foi o dia,
Ou o quanto está cansado.
Um abrigo,
Um refúgio,
Até que, de tanto sentir esse medo,
O destino e o tempo,
O tornam real.
E aquele amor que era tão lindo,
Puro e inocente,
Quebra-se em milhões de pedaços.
Levando-o de volta ao mar de silencio.
Mais agora com uma dor maior,
Pois já se sabe que poderia ser diferente,
Mais simplesmente não é.
Perde-se de novo,
O chão, a cor, o ar.
É quando se promete a si mesmo
Que nunca mais ira amar
Até que então...
... Flutuando na imensidão,
De um oceano de silencio e só.
Olhando o passar dos dias.
Esperando o que, não se sabe.
Decorando o percurso do sol e da lua,
Na monotonia de um dia após o outro.
E de repente aparece alguém.
Um amor à primeira vista.