ESTIVE DISTANTE DE MIM

estive distante de mim

um tempo quando desejava te ver

e meu superego adorou minha ficha: culpado...

diante de algozes que me desconhecem.

alguém falou sobre Apocalipse e

voltei a mim; e por que não

sacrificar um holocausto de flores?

deposito desde agora a liberdade

líquida nas mãos dos deuses,

"algo precioso que valorizamos"

escorrendo no alvo colo da mãe natureza:

mudo minha vida para ganhar teu amor.

por ti doarei minhas lembranças de entardeceres

trocarei por arrebóis de estações

que ainda não chegaram...

talvez verões com manhãs outonais

a degustar cores que escorrem pelos lábios,

sons de pássaros borrando de branco

os jardins sob o manto celeste...

cavalos levantando vôos

e seus sons de anjos formando imagens de luz...

quem sabe nesse paraíso (se houver vaga)

minha alma volte a rebentar o verde

e amarelar de milho meu velho riso

e festejar teu colo minha mão proibida.

Rocha Poema
Enviado por Rocha Poema em 07/08/2011
Reeditado em 12/08/2011
Código do texto: T3145557
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