A sombra do meu vulto

Na caminhada solitária a qual me propus andar

Vejo pessoas idênticas a me observar

Querem se sentir um pouco mais humanas

E não escondem as lágrimas a rolar.

As escolhas que fazemos nessa vida

Nem sempre são fáceis de decidir

Pois, nossa natureza sempre quer,

O que não podemos possuir.

O coração sofre as agruras da solidão

Porque almeja o brilho do seu olhar

Coisa que está distante de acontecer

Se não tens a pretensão de me amar.

Sou à sombra do meu vulto

Nos lugares sombrios a percorrer

Procurando dar esperança a minha alma

De que um dia possa me querer.

Se ainda não sentiu a brisa da manhã

Que carrega o meu sentimento

Deixe a janela aberta para sentir

O meu amor que te leva o vento.

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