Simplesmente o amor acontece na vida da gente,
Podendo até matar-nos de saudades,
Que morra-se de amor embora vivo,
Melhor que morrer de vontades,

Amor romântico, doce encanto, abstração total da vida real,
Alegria renovada de prazeres, depurador de almas cansadas,
Natureza abstrata de impulsos inusitados do coração, 
Matriz  dos sentimentos positivos das pessoas no universo,

Anverso de vida vazia quando ocorre no ser,
Sobrevida na ausência, insosso do viver,
Viver sem amor é um meditar sobre o nada existencial,
É a alma desprendida da matéria no sofrer, 

Melhor viver em meio à fantasias do dia a dia,
Passear na mente flutuando pelos ares,
Há mais vida nas paisagens coloridas das galáxias,
Há mais poesia, harmonia, alegria quando se ama de verdade,

Que seja o amor de Platão, Aristóteles ou de Jesus,
Fundamental não encolher-se temendo colher desventuras,
Afinal, seria um maldizer-se dentro de um corpo abandonado,
Covardia ! O grande castigo é manter-se sozinho na amargura,

Ânsias vãs se aproximam, na medida da paixão desenfreada,
Deixar de amar é debruçar-se ao calabouço da indecisão,
Urge andar, mesmo com a corda no pescoço, não há pressa,
O amor sofre, paradoxalmente, a influência do tempo e da razão, 

Na desilusão, a voz emudece diante de um novo cenário, ,
O mundo escurece num prenúncio claro de decepção, 
Flores padecentes de tristeza se embalançam até o chão,
Neste instante, reconhece-se o valor brutal de uma paixão,

Malgrado o desvelo revelado das dores incontidas,
Lançar-se às feras de olhos vendados, em certos casos,
É admitir-se um paladino de sofrimentos por ter sido rejeitado,
Neste caso, soçobra como caldo o bônus amargo da desventura,,

Aceitar calado os atropelos espontâneos é logro engano,
Admitir a perda de um amor é resignar-se facilmente à dor,,
De algumas lembranças passadas escorrem lágrimas momentâneas,
Valores se aviltam neste  instante de conflito e desespero,, 

O corpo passa a sofrer certos artifícios em busca da cura,
Pura arquitetuera emocional  na depuração de um passado atroz,
Sentimentos de perda colocam de prontidão todos os sentidos,
O dano maior é o desengano refletindo amarguras a todo instante, 

Há forças ambivalentes sobrepondo verdades conhecidas,
Abandono, solidão, vontade de sumir em qualquer direção,
A alma traz a calma em redor do corpo coroado de mágoas,
De repente, os sinos da vitória badalam novas mensagens pelo ar,

Olhos abertos, coração nas mãos, momento de voar,
Nova partida em direção à estação do amor que se descortina,
Aluvião de esperanças é o que se sente no caminhar,
Sonhar em busca de novas paisagens, eu evocê, em qualquer lugar





 
Paullo Carneiro
Enviado por Paullo Carneiro em 07/08/2011
Reeditado em 18/04/2016
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