O NÃO CHORAR PELO LEITE DERRAMADO
Como posso te julgar?
Ao fazê-lo, quem seria eu?
Pois, aos teus erros apontar,
Revelaria os meus.
Não fico pelo leite a chorar,
Quem o derrubou, perdeu,
Como ouviu amor lhe jurar,
De quem depois lhe esqueceu.
Não quero tristezas admirar,
Esses quadros, um a um, a passar,
Como expostos em meu museu.
Não quero juras carregar,
Deixo o leite todo derramar,
Erros são passados, já morreu.