O NÃO CHORAR PELO LEITE DERRAMADO

Como posso te julgar?

Ao fazê-lo, quem seria eu?

Pois, aos teus erros apontar,

Revelaria os meus.

Não fico pelo leite a chorar,

Quem o derrubou, perdeu,

Como ouviu amor lhe jurar,

De quem depois lhe esqueceu.

Não quero tristezas admirar,

Esses quadros, um a um, a passar,

Como expostos em meu museu.

Não quero juras carregar,

Deixo o leite todo derramar,

Erros são passados, já morreu.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 06/08/2011
Reeditado em 07/08/2011
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