Provoca-me
Vem, traz tua segunda pele, me veste
Me despi de vontades sem me indagar
Me amas sem vergonhas de me insultar
Me clama na tua cama em chamas a me invocar
Não me envergonhas sem teu corpo a me expulsar
Nomeia a minha fome de tua saciedade a me culpar
Trafegando eu vou em pensamentos em momentos a te procurar
Em ti meu querer é único, é presente, é na pele é no ar a me envenenar
É puro, é letal, é toxico e jamais banal,
Meu ar, meu amparo, minha sede enrustida
Minha gana, não me ludibrias com tuas manias de não me querer
Provoca-me a sede que me remete a você.