O Poeta dos Sonhos
Trago no peito a dor encarcerada
A tênue Luz do meu insaciável desejo
Em meu ventre, o nascer da aurora
Entre minhas mãos, os leves fios dourados
Que o Sol me ofereceu, enamorando-se
Pela linda Lua, misteriosa e enganadora
Entre a prisão dos insanos, tão aflitos
Dos apaixonados, que sempre se declaram
Entre olhares meigos, caricias e promessas
A noite é apenas o começo dos poemas
Entre corpos suados, deveras cansados
Trago as cores, desalinhadas em leito
Entre lençóis brancos e escorregadios
Como o amor, que sempre se apressa
Entre rios e mares nunca antes navegados
Sedentos de outras noites, outras paragens
Onde a musa e pintor, são apenas uma tela
Nesse esboço, em linhas desenhadas a frio
Que a noite cobre com densa madrugada
Eu apenas sou a triste chuva que te refresca
Que sacia meus lábios sedentos de teus beijos
Entre os sonhos, entre o céu e a terra e a poesia
Jamais deixarei de sonhar no amor sendo eu, o poeta.