Força da explosão.
Chega a mansidão, a paz,
tão esperada, tão procurada, tão verdadeira...
Chega serena, tranqüila como sua essência,
trazida pelos braços dos nossos passados.
Ela estava todo o tempo ali
Ao alcance dos sentidos
De tão próxima, inalcançável.
Sem que pudéssemos perceber, como sempre,
As tristezas estavam na verdade abrindo seu caminho.
Profundas, formavam vales com águas revoltas, mas navegáveis.
Fico imaginando sua angústia durante esses anos
Convivendo com a escuridão temporária do porto de chegada.
Mas ela é paciente, virtude inseparável da justiça e da plenitude.
Exigente, não permitiu que nenhum detalhe fosse esquecido.
Caminhou sim, determinada,
para enfim repousar nos nossos beijos,
Na luz dos nossos olhos cerrados,
Nas lágrimas, desta vez carregadas da emoção incontida.
Encontro ou reencontro? Pouco importa.
Eis que nestas lágrimas se faz presente seu alimento maior
Sua majestosa recompensa
Sua razão de existir...
A força desta explosão que delicadamente chamamos de nosso amor.