NUNCA MAIS CONTEI ESTRELAS

TEM DIA QUE UMA SAUDADE APERTA O MEU PEITO

A PONTO DE TRANSBORDAR

TEM HORA QUE O CORAÇÃO PARECE

QUE NÃO VAI AGUENTAR

QUANDO A LEMBRANÇA DO MATO E DO MEU RECANTO

VEM DOS MEUS OLHOS JUDIAR

PAREÇO UM MENINO E SONHO COM A MINHA TERRA

DO OUTRO LADO DE LÁ

NUNCA MAIS CONTEI ESTRELAS NEM VI NO GALHO

MEU LINDO SABIÁ

QUE EM TODA MADRUGADA CANTAVA TANTO

A PONTO DE ME ACORDAR

NEM OUVI O URUTAU COM SEU CANTO TRISTE

NA NOITE CLARA DE LUAR

NÃO VI MAIS O ARCO-ÍRIS RISCANDO A TARDE

ESPERANDO A NOITE CHEGAR

QUANDO O CÉU ESCURECIA A NUVEM TRAZIA

CHUVA MANSA PRA BROTAR

O VERDE DA ESPERANÇA NA VIDA DURA

DO POVO SIMPLES DE LÁ

UM BANDO DE BORBOLETAS PINTAVA UM QUADRO

NA AREIA BRANCA DO LUGAR

VI PENAS DE TANTAS CORES NA PASSARELA

DOS GALHOS DESFILAR

A SERRA AGASALHADA NA COLCHA VERDE

QUE AS FOLHAS FORAM ENFEITAR

E UMA SELVA DE PAREDE ARRASTA UM FILHO

PRA OUTRA VIDA LEVAR

PORQUE A SORTE É TÃO INGRATA

FAZENDO OS MEUS OLHOS BANHAR

COMO EU VOU CONTAR ESTRELAS

SE AQUI NEM O CÉU CONSIGO ENXERGAR

Uelton Nogueira
Enviado por Uelton Nogueira em 04/08/2011
Reeditado em 04/08/2011
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