DEUSA II
Deusa do amor
Suga-me a teu bel prazer
E então se alimente
Mate a sua vontade
E mate a minha também
Entrelace nossos corpos
E devore da forma que queiras
Venha
Sinta o gosto de minha carne
Cada centímetro de minha pele
Conheça ate os íntimos segredos
E canibalize a verdade
Ó deusa, potestade genuína
Que se imortaliza
Em fonte masculina
Desdenha no mais abissal
Deusa de amor sem igual
Dominadora
De atos tais colossais
Sem afrontas
Mata-me a cada momento
Nas contrações dos corpos
Aprisionando meu coração
Ao seu cercado peito
Fundindo-me
Carne, espírito e natureza
Ó deusa
Fazes-me como queres
E retire de mim toda a força
E que nosso amor
Seja eterno
Cá deitarei ao meu leito e irei esperar
Amar-te, intensamente, assim como queres.