Entrega de coração o coração

Mostra-te no amor o aceno parco

Postigo de espia tênue e breve...

Aeriforme, borboleteante – delicado,

Deixa inteiro que seu vôo o leve.

Dá-lhe de coração o coração,

Seja no iracundo torpor do medo,

Seja nos braços febris da emoção.

Enreda-te em seu arco com avidez,

A todo risco mergulha em seu condão,

Tinge na sua cor teus medos de lividez,

Não desposes por segura a pétrea solidão.