A Felicidade que eu quis ter...
Anos a fio te procurei meu rosto amado!...
Meu olhar no teu, para sempre, enfeitiçado
Em vero Amor... E o Destino, então, o malogrado,
Brincou e divertiu-se com nós dois...
Tu me procuravas e eu a ti! Procura insana!
Como marionetes, sob mão má e leviana,
Nós nos perdemos! E um demônio que profana
O Amor Sagrado ria-se de nós sempre e depois...
Sofremos tanto com a Vida mutilada
Na flor da idade... Tendo a pureza maculada,
O que deveria ter sido Ventura aproveitada
Tornou-se para nós tristeza e agrura rude...
A mocidade foi-se... Ficou somente a dor
De uma Vida vivida sem amor...
- E hoje peço que Deus te dê (com meu fervor!)
A Felicidade que eu quis ter... e que não pude...