Tomografia de meu eu
Conto mudo de meu eu sorridente
-Criança con doce!-
Nas pobres vielas
Tão ricas de cores
Que a vida pintou.
Canto de meu canto sem voz
Mas sem dor atroz
-Você me curou!-
Falo sem palavras-(me calo)
E tudo digo
No parco consentir
Do amor
Veneno cruel- antídoto do céu
Lacerando e curando
Ferindo e cicatrizando
-Fazendo a retina sangrar
Digo quieto de meu ser
-(Galho seco)
Enfeitado de bolinhas de natal
Este grande arvoredo
Viveiro que não tem igual
Coberto de ninhos e frutos
Fazendo fresco o quintal.
Falo sem nada dizer
De minha porcentagem "gente"
De meu pedaço latente
Que no peito se aninhou
Rasgo a derme da alma
Mostro a face dormente
Que seu amor despertou!
* Dedicada a minha amada jujumary