Flor com tempo…
Da insónia
Que consumo
Desenfreadamente
De forma voluntaria
Ou sem dar por isso
Ficando no começo
Quando julgo estar perto do fim
Desconhecendo de facto
Quem eu julgava conhecer
Ou meramente
Conheci…
Olhando para essa flor
De cabelo ao vento
Que as estrelas fazem ao sentir
Ou ao existir
Cabelo ao vento
Que bem longe
Me dá a sensação
De estar perto de ti…
Um vento que me dá notícias
De um mundo em convulsão
Sim
Não somos apenas nós
Mas todo um mundo
Que não consegue
A suprema arte
Do equilíbrio
Entre diversos interesses
Com o do bater do seu coração…
E por isso vou para o campo
Isento
Asséptico
A que chamam algumas almas ditas iluminadas
De pureza
Não é nada disso
É apenas um local
Bem dentro de nós
Que se revela onde mais gostamos de estar
Um local
Onde livremente
Podemos sentir
Ou meramente pensar…