Ventos de Agosto
Cubro-te meu amor,
com um vasto lençol.
Para esconder-te, oh minha flor,
do vento insano.
Que derruba da mesa o crisol,
Mas não lhe causa nenhum dano.
Pelo chão,
espalha-se tornassol,
Você corre e pega um pano.
Mas depois da escuridão,
Vem a forte luz do Sol,
E penetra pela janela soberano,
Sem esperar,
Ele vem ardente.
Sua luz a clarear,
Ajuda-nos em prol do acidente.
Pois em breve a querer,
Você se atreve a me dizer,
Que estaremos distantes...
Partiremos para o oriente,
E logo tudo vai ser diferente,
E nada mais,
Que foi deixado para traz,
Vai ser como era antes.