Careço de calma.
Não destas,
Das quais rezam os filósofos,
E os mártires.
Careço doutra calma!
Desta calma amarga de Augusto dos anjos,
Desta calma liturgica das marés,
Careço de calma que se resuma num instante;
E que me reserve, lembranças para diante.
Careço do silêncio contido no voo do condor
E ver d’outro plano, com olhos, de manso amor.
Me fartam estes augurios,
Que ecoam dos corações juvenis
Assusta- me o dia e apavora-me as noites
Tenho esta dor que me percorre o corpo
E dessossega meus músculos,
Em arranques
De tortuosas lembranças.
Careço de um breve instante
De paz e de um sol que brilhe
Iluminando minha mente.
Meu tempo é breve,
Mal cabe nos versetos santos
Meu corpo, este velho demente,
Aponta-me a cruz,
E sorri satisfeito dos meus estranhos panfletos.
Não destas,
Das quais rezam os filósofos,
E os mártires.
Careço doutra calma!
Desta calma amarga de Augusto dos anjos,
Desta calma liturgica das marés,
Careço de calma que se resuma num instante;
E que me reserve, lembranças para diante.
Careço do silêncio contido no voo do condor
E ver d’outro plano, com olhos, de manso amor.
Me fartam estes augurios,
Que ecoam dos corações juvenis
Assusta- me o dia e apavora-me as noites
Tenho esta dor que me percorre o corpo
E dessossega meus músculos,
Em arranques
De tortuosas lembranças.
Careço de um breve instante
De paz e de um sol que brilhe
Iluminando minha mente.
Meu tempo é breve,
Mal cabe nos versetos santos
Meu corpo, este velho demente,
Aponta-me a cruz,
E sorri satisfeito dos meus estranhos panfletos.