Ninguém é de ninguém

Eu caminho pelas ruas e sem destino

Vejo teu rosto refletido nas vidraças

Nas calçadas, meus pés andam sozinhos

E me perco nas esquinas - solitária!

Uma chuva vem caindo e de mansinho

Se mistura à minha lágrima silenciosa

Meu coração sensível, não te esquece

E não encontro lenitivo pra saudade...

Mas compreendo que o amor não é eterno

Nem é eterna esta vida que nos prende

A este corpo que se faz só mensageiro...

E se o tempo passa, o mesmo nos protege

Contra a tristeza que se faz pelos caminhos

Porque na verdade, ninguém é de ninguém!

JaciSantos
Enviado por JaciSantos em 31/07/2011
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