Autobiografia do meu outro eu

Nem todos os poetas me disseram

Que o amor pode ser triste,

E os que ousaram me contar

Não souberam mensurar a dor que nele existe.

Ouvi musica de Caetano...

Passei tardes cantarolando.

li amor de salvação

Até de perdição,

Imaginado que mesmo o final sendo triste

Tinha sinais que o amor persiste.

Achei lindo o vento,

Sonhei muitas vezes no relento,

Que a estrala reluzente

Fosse meu pedido realizar.

Chorei bem no final

Quando no diário

Um casal me contou sua paixão.

Critiquei sozinha os casais

Que via,

Achando falta de amor

Por um belo novo amor

Nem se lembrarem do que outrora

O fazia flutuar.

Foi difícil entender que o poeta

Pode ver o que muita gente

Nem mais crer.

O amor que o poeta se refere

Nem ele mesmo sentiu na pele.

Usou das palavras de um famoso

Autor que disse certa vez:

O poeta é um fingidor...

Imitei as mocinhas que eles me descreveram

Esqueceram de me contar

Que nem todas acabam no altar.

Sou poeta do desamor, da falta e da dor

Que um dia um me causou.

Mesmo amando alegremente

O poeta que há em mim

Acha que ser triste,

É o fetiche

De todo poeta escritor.

luz de Mariana
Enviado por luz de Mariana em 30/07/2011
Reeditado em 25/08/2011
Código do texto: T3129352