Algo de mim...

Eu amo o amor que sinto

e as lágrimas que meus olhos choram

e as mãos que me afagam inglórias

desejando minha alma e minha carne.

Em mim o algo que há é quase puro,

desejadamente são, maior que tudo,

embora que desigual ao resto do mundo,

o que em mim, ansioso, habita e mora.

Eu amo atirar-me insone aos sonhos mais rudes,

sentir o amor nu e os outros algos que me iludem,

como se para viver eu desenhasse nobres pesadelos,

cantasse alegre a canção do medo,

no silêncio magestoso das almas que em minha alma choram.