Única no Olimpo

Ouço, entre as linhas,

O velar da pétala sobre a seda,

Desvendando em amiúdes

A voz lírica do silêncio

Criando um quiçá em lamento!

As palavras transpiram

Em nome do pôr caindo no horizonte,

Ascendo por vales e planícies,

Lendas vienenses apontadas

Para o ser, nua em devaneios!

Desperto pelo dobrar dos sinos,

Sussurros se fazem canção

Melindrando o cristal que desenha

O ventre exótico, o colo ternura

Içando olhares, única em Atenas!

Há um feitiço transcendendo

Pelo candelabro perfumando o sentir,

Maculando idos e falsetes mesclados na luz

Emitindo aquarelas, tenras primaveras

Pele tua, crua em poesia!

Auber Fioravante Júnior

26/07/2011

Porto Alegre - RS