Imposíveis desejos

Primeiro eu gostaria de não existir,
Mas já que existo gostaria de ser o Mar,
Na imensidão a Pedra a beira da estrada.

Eu gostaria de ser o Sol, o fulgor,
A humildade, o arvoredo, o mundo
Que se expõe ao próprio destino.

Pena que o Mar como eu prantea e entristece
O arvoredo que se ergue, chora e ora
Como alguém que acredita em Deus.

E o Sol que no fim do dia vai embora
Cujas lágrimas de sangue estertoram
E as pedras em que todos subjugam,
Sim essas sou eu no cotidiano dos Zeus.

Perde-se minha alma no próprio sonho
E de tanto sonhar já não posso te ver
Preciso de razão para viver...
Vida minha nada precisa porque já tem voce.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/07/2011
Reeditado em 30/07/2011
Código do texto: T3127592
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