PARA QUEM ENTREGO AS FLORES

Aproxima-se a primavera após um doce hibernar,

E as sementinhas do amor escolhi cuidadosamente,

Pois delas nasceriam flores com doces perfumes,

Algumas meigas com pétalas macias coloridas,

Outras mais rústicas pois seriam flores silvestres,

Mas todas com a missão de despertar as paixões.

Teriam como ingredientes saborosos seus perfumes,

E contornos tão suaves para torná-las faceiras,

Convidando então minha Alma para dar sugestões,

Pois ela conheceu o verdadeiro amor em plenitudes,

E diante de seus sorrisos fui pincelando suas cores,

De acordo com as formas de amor que despertariam.

Assim escolhi a rosa vermelha para intensas paixões,

Para que despertassem os amores incandescentes,

Aqueles na qual após os beijos hajam as entregas,

E os corpos se envolvessem em carícias tão doces,

E se aquietassem depois ouvindo uma canção de amor,

Trazida quem sabe pela brisa itinerante que passa.

A cor azul teria a tonalidade do Céu bem limpinho,

Após uma chuva que lavaria todas suas impurezas,

Pois os poluentes jogados na atmosfera o sujam,

Sendo a rosa mais acariciada pela sua beleza,

Que seus perfumes tocariam corações apaixonados,

E um amor tão meigo vai aos poucos aflorando.

Escolheria a cor rosa para quem tem sensibilidades,

Meigas as formas como procuram se conhecer,

Através de olhares onde as lágrimas se acentuam,

E depois de tocadas pelo amor mostram só carícias,

Sendo apropriada até para quem deseja ser mãe,

Pois as criancinhas são suas escolhas preferidas.

A rosa amarela teria a intensidade do sol nascendo,

E suas cores se mesclariam com o verde das matas,

Pois as flores silvestres combinam com seus tons,

E das duas combinações surgem perfumes tão suaves,

Que inebriam os contemplativos da natureza em flor,

Convidativas então para se amarem em plenitudes.

Finalmente reservaria para a cor branca a meiguice,

Apropriada para quem ama e quer chegar até o Altar,

E no dia mais sublime da existência de seus sonhos,

Um buquê de flores se enlaçaria em suas mãos trêmulas,

Conduzida pela daminha de honra que vem sorrindo,

E o desfecho são as lágrimas que caem de suas emoções.

29-07-2011