Corpos Salgados
A tarde ficou inocente com a torpeza aquecida,
Teu amor brota lumiante no deserto das águas,
Pontilhando suores nas nervuras da alma.
Olhei em volta, nos parapeitos de pedras,
No cheiro da cor, e das heras, nas correntes de invernos,
No sorriso da escuridão das ilhas brancas.
Vozes de mármores nas areias
Corpos salgados, salmouras dos anjos negros
Ilhas largas sem mar, olhos cegos de amor