AMO-TE
Amo-te,
Não pelos seus predicados,
Nem tão pouco pelos seus pecados.
Não pela sua performace ao fazer amor,
Muito menos por me imprimir tanta dor.
Amo-te,
Não por me fazer exprimir suspiros profundos,
Ou por eclipsar nossos tão opostos mundos.
Ainda menos por dominar meus pensamentos,
E me fazer aluna dócil de seus ensinamentos.
Amo-te,
Não por me arrepiar ao seu corpo nu tocar,
E ainda sentir vontades de que este ato possa imortalizar.
Também não é por suas mãos me consumirem em profundo calor,
E que eu cega grite em profundo orgasmo: EU TE AMO! Como tantos que nem sentem o amor.
Amo-te,
Não pela banalidade de um amor de foto novela,
Nem pela ausência de cor em múltipla aquarela.
Amo-te, sim, amo-te,
Porque meu corpo é cativo do seu,
Minha alma é gêmea da sua, e este sentimento é presente ou castigo que Deus me deu.