Vá minha doce lembrança,
Vá dizer pela primeira vez as dores dessa criança,
Vá falar para ela um pouco de mim...
Vá saber por que estou assim!
 
Mesmo que eu não conheça o amor
Posso e vou rimá-lo com dor,
Não posso mais, A sua voz é linda!
Seja tempo de compaixão, tenha pena!
Tenha um pouco de piedade desse coração,
Estaria eu Deus ouvindo uma de suas canções?
 
E quando for sol eu vou me perguntar
O porquê de a vida ser assim,
 O porquê de minha estrada ser árdua?
Porque de a saudade ser maior,
No fim porque me permito ficar só...
 
E o dia seria propicio há promessas,
E eu cobraria, cobraria seu sorriso
No fim sua alegria...
E seria ganancioso?
Pois queria sua boca,
Queria seu ar para mim,
Queria poder olhar para cima
E saber minha direção,
Porque Deus não me deixa ser dono do meu coração?
Porque seu menino tem de sofrer?
 
Num dia claro a chuva deu lugar ao sol,
E me vi chorando por dentro dores alheias
Seria certo Deus me fazer assim?
Porque insisto em pensar na palavra fim?
Não poderia poluir minha poesia,
Mas sua lembrança me causa certa maresia
E nem sequer estou ao mar!
Porque então não diz, meu garoto por mim pare de chorar!
A vida sem sentido se faz um perigo constante
Por isso talvez eu esteja tão distante...
 
Não poderia deixar acontecer,
Minha poesia virou palavra de suicida
Seria errado querer morrer uma vez que as palavras
Não rimam mais e nem nada mais faz valer a pena,
Porque devo me enganar acreditando num dia melhor?
Um dia quente um dia só, porque olhar para a lua
Para martirizar-me, para sentir saudade sua?
Então Deus esta conversa derrepente ficou seria,
Vamos ser francos um para com o outro
O porquê de minha vida esta assim já me calaria?
Acalmaria minha alma e me faria pensar,
Poderia sonhar? Sonhar um sonho lindo,
Sonhar que meu anjo estivesse vindo,
Sonhar sem maldade,
Sonhar sem saudade, que dia poderia eu...