MEDIDA CERTA
Tudo, sem distinção, me faz
lembrar da mulher que amo
a partir das coisas mais simples e muito
mais, daquelas que ostentam maior significação.
A lua por exemplo quando caminha
sozinha pelo infinito, tem-se a impressão
que impacientemente procura alguém, até
parece eu quando provo o sabor da separação...
mesmo que seja na eternidade de um segundo.
As chuvas de verão quando precipitadas
demonstram entre raios e ventos, que as
comportadas do céu precisam ser abertas,
mera coincidência quando por saudade exibo minhas
lágrimas na crueza de uma solidão.
Mas existem os momentos de compensação,
quando sonho que sufoco teu corpo em
meus braços e no escuro do meu quarto,
desperto gritando o teu nome.
Quando finalmente envolvidos em um envoltório
em meio as promessas de amor eterno,
somos céu, lua e chuvas de verão, tudo
misturado na medida certa de nossa união.