Meu eterno amor
Tateio cego o escuro, o vazio
Percebo o sopro, quente da desolação
Eu jogo o jogo perpetrado por você
Eu ouço o ritmo das batidas, do teu coração
E sigo marcas, que tu chamas de razão
Eu olho o espelho que tu deste para mim
Vejo-me nele como forma de saber
Eu já não sei se eu sou eu ou sou você
Quanto silêncio neste frio anoitecer
Quanta amargura eu percebo em teu olhar
E todo amor que eu dedico a você
A tua razão apenas quis estraçalhar
Hoje me vejo, nesta escura solidão
Tentando em vão, ainda chamar tua atenção
O meu tormento é não ser o que você
Em outras vidas chamou, de meu eterno amor
Alexandre