APRENDER A OUVIR
Nossos ouvidos não ouvem os apelos,
Muitas vezes ignoramos sofrimentos,
Corações estilhaçados por tanta dor,
Oriundas de um amor que se acabou,
E quem o perdeu lança seus lamúrios,
Pelas lágrimas que caem em profusão.
Se sabemos ouvir a brisa que passa,
Trazendo os sons que vem da natureza,
Como o borbulhar do rio que serpenteia,
E depois se joga na cachoeira altaneira,
Para mostrar suas belezas e o arco-iris,
Podemos sim ouvir o clamor de quem ama.
Um amor que se foi sem haver as razões,
É prenúncio de uma dolorida existência,
Pois as culpas são tão pequenas e banais,
Que uma mera exaltação de gênio ferido,
Poderia ser curada apenas pelas emoções,
Com beijos e abraços regados com lágrimas.
No entanto se não houver as complacências,
Compreensões mútuas nas divergências,
O amor se desfaz como castelos de areia,
Construido sem base e que a onda carrega,
Levando as dores para o mar em turbulência,
Naufragando então as tentativas de curas.
Devemos aprender a ouvir então os silêncios,
Pois nas dores as vozes se tornam até mudas,
E se entendermos os apelos de quem amou,
Um abraço afetuoso é o bálsamo para as feridas,[
E oferecer uma flor que é capaz de abrir sorrisos,
É a melhor maneira de acalmar o coração ferido.
27-07-2011