Brancura e falsa brandura...
O tempo passa e você fica.
Fica a carência nos meus dias sem teu sol...
Quiçá, um dia volte a iluminar-me.
Fico eu aqui com minha brancura
E falsa brandura...
Na espera da quimera...
Debruço-me sobre uma janela escura
Com fama de amores fracassados.
Olho o breu da noite com olhos vazios,
Cheio de esperanças ao mesmo tempo espinhos.
Pintei toda essa desventura numa tela eterna,
Gravei o não no meu mundo de solidão.
Talvez numa dessas caminhadas de outono
Minha rua cruze com a sua...
Meus olhos se esbarrem nos seus
Olhos risonhos...
Eles cantam para mim,
Dizendo que eu sempre fui seu jasmim.