Brancura e falsa brandura...

O tempo passa e você fica.

Fica a carência nos meus dias sem teu sol...

Quiçá, um dia volte a iluminar-me.

Fico eu aqui com minha brancura

E falsa brandura...

Na espera da quimera...

Debruço-me sobre uma janela escura

Com fama de amores fracassados.

Olho o breu da noite com olhos vazios,

Cheio de esperanças ao mesmo tempo espinhos.

Pintei toda essa desventura numa tela eterna,

Gravei o não no meu mundo de solidão.

Talvez numa dessas caminhadas de outono

Minha rua cruze com a sua...

Meus olhos se esbarrem nos seus

Olhos risonhos...

Eles cantam para mim,

Dizendo que eu sempre fui seu jasmim.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 27/07/2011
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3122675
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