Mão estendida

Houve um tempo,

Em que me sentia perdido,

Vazia era minha mente

E gélido era o frio sentido.

O tormento era minha culpa,

E o medo morava ao meu ouvido,

A raiva era meu velocímetro

O calor,meu único amigo.

A minha espinha era meu alerta,

Da escuridão,me mantinha protegido,

A melodia sentida em alguns momentos

Era o único conforto em momentos sofridos.

Incalculável era a distinção,

Do lugar que estava vendo,

Em meio a total desolação

De certo modo acabei falecendo.

Havia uma linha tênue,

Que era mantida por um simples pensamento,

A incerteza era constante

E o domínio imprevisível como o vento.

Entre a realidade totalmente distorcida,

Vagava como um andarilho,

Já distante da minha humanidade

Descobri ser seu filho.

Ainda que a situação,não me fizesse acreditar,

Que uma ajuda estava sendo oferecida,

Apareceu uma pessoa em que podia confiar

Uma mulher com a mão estendida.

Esse poema dedico a minha mãe Zulmira,sem ela hoje,não seria nada.

Earhuon
Enviado por Earhuon em 27/07/2011
Código do texto: T3122399