Mão estendida
Houve um tempo,
Em que me sentia perdido,
Vazia era minha mente
E gélido era o frio sentido.
O tormento era minha culpa,
E o medo morava ao meu ouvido,
A raiva era meu velocímetro
O calor,meu único amigo.
A minha espinha era meu alerta,
Da escuridão,me mantinha protegido,
A melodia sentida em alguns momentos
Era o único conforto em momentos sofridos.
Incalculável era a distinção,
Do lugar que estava vendo,
Em meio a total desolação
De certo modo acabei falecendo.
Havia uma linha tênue,
Que era mantida por um simples pensamento,
A incerteza era constante
E o domínio imprevisível como o vento.
Entre a realidade totalmente distorcida,
Vagava como um andarilho,
Já distante da minha humanidade
Descobri ser seu filho.
Ainda que a situação,não me fizesse acreditar,
Que uma ajuda estava sendo oferecida,
Apareceu uma pessoa em que podia confiar
Uma mulher com a mão estendida.
Esse poema dedico a minha mãe Zulmira,sem ela hoje,não seria nada.