REDUZIDA FELICIDADE

Até parece que o tempo se encarregou de

modificar ele próprio, a cada segundo oferece

um quadro diferente, mas creio que é assim

mesmo, afinal o inverno vem se aproximando.

Na atmosfera um vento gelado igual

ao que sinto na alma, igual a uma

espera infindável, que não me oferece a

certeza de não presenciar mais o florir das rosas.

Sinto que tudo vai se evaporando, vez ou

outra vejo ou penso que vejo, um breve

relampaguear exibindo vultos indistintos, quando

termina, deixa o perfume de âmbar que conheço bem

por ser o meu preferido.

Se esconder que não tenho saudades de tudo

o que fizemos passar tão rapidamente estou

mentindo, e por isso confesso minha culpa, não

sei se sentes com intensidade o mesmo que eu,

mas deixemos para a posteridade o seu pensamento...

E assim, morremos um pouco a todo instante, os

olhos entrefechados como tentando a todo custo

alojar um coração desesperado, que viveu no passado

uma reduzida felicidade...

Wil
Enviado por Wil em 27/07/2011
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