Criatura etérea...

Quando me vi já era tarde...

Toda minha birra

Se convertera em amor...

Sentimento suave, intrigante, avassalador.

Para os mundanos mesquinhos...

Que pairam feito vírus no ar querendo contaminar,

Sentimento perturbador, criminado, mero deslumbre.

Mas não...

Eu vi com meus olhos sensíveis...

Castidade nos seus, dois lagos, cujas cores, multicores.

Criatura etérea enviada para tirar-me do casebre fúnebre,

Que muitos vivem, respiram e até gozam.

O astro Sol coloriu todo o céu de colibri

Teceu a paixão escrita antes de eu descobrir...

Descobrir você, pessoa poesia...

Que faz dos meus tristes dias, grandes alegrias...

Não tenho medo da peste

Que assombra os seres terrestres,

Que armam ciladas nos caminhos frios...

Tramando embaçar a retina dos olhos com o nevoeiro...

Meus olhos são de margarida, de menina alquimista,

Sempre em busca da melodia do amor.

Seu feitio lírico preencheu-me um vasto vazio...

Tirou-me do óbvio,

Temperou meu quarto solo,

Abriu com maestria um atalho especial.

Peregrina, adentrei sem temer na sua psique...

Não perdi tempo...

Mergulhei fundo, descobri um universo fecundo

De um ser profundo, que me tem com veracidade em todo seu ser.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 27/07/2011
Reeditado em 30/07/2011
Código do texto: T3121161
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