Ontem a Minha Alma Pediu Você
Ontem minha alma pediu por você
Fiz-me surda, recusei os tristes lamentos
Impôs-me agonia mostrando-me a ausência
Arrancou profundas lágrimas do peito
Repisou em detalhes o amor desfeito
Ontem a minha alma pediu você
Empurrou-me contra a vala da realidade
Abriu todas as entradas da solidão
Ofertou-me a taça com o transbordante fel
Abriu a sinfonia do silêncio furtou o mel
Ontem a minha alma pediu você
Sentou-me na primeira fila da tela da vida
Em câmera lenta mostrou-me os desatinos
Que a permeiam na contramão do destino
Mostrou o vazio remanescente do abandono
Ontem a minha alma pediu você
Resquícios de coragem impediram a derrocada
Deste coração que sobreviveu às pancadas
Que se fez forte em meio a morte da esperança
Para renunciar de vez os sonhos de criança
Hoje a minha alma te esqueceu
Busca agora clarear da vida o tenebroso breu
Sepulta no jardim do passado o que de ti restou
Volve a terra do medo, planta novamente o amor
Sem pressa espera brotar rosas da vida em flor
Hoje a minha alma te esqueceu.
(Ana Stoppa)
Ontem minha alma pediu por você
Fiz-me surda, recusei os tristes lamentos
Impôs-me agonia mostrando-me a ausência
Arrancou profundas lágrimas do peito
Repisou em detalhes o amor desfeito
Ontem a minha alma pediu você
Empurrou-me contra a vala da realidade
Abriu todas as entradas da solidão
Ofertou-me a taça com o transbordante fel
Abriu a sinfonia do silêncio furtou o mel
Ontem a minha alma pediu você
Sentou-me na primeira fila da tela da vida
Em câmera lenta mostrou-me os desatinos
Que a permeiam na contramão do destino
Mostrou o vazio remanescente do abandono
Ontem a minha alma pediu você
Resquícios de coragem impediram a derrocada
Deste coração que sobreviveu às pancadas
Que se fez forte em meio a morte da esperança
Para renunciar de vez os sonhos de criança
Hoje a minha alma te esqueceu
Busca agora clarear da vida o tenebroso breu
Sepulta no jardim do passado o que de ti restou
Volve a terra do medo, planta novamente o amor
Sem pressa espera brotar rosas da vida em flor
Hoje a minha alma te esqueceu.
(Ana Stoppa)