“IDEIA”
Um dia destes eu vi a tua boca
Muitos me diriam
É uma louca
Mas eu vi
Não com estes dois olhos carnais
Eu vi tua boca que não esqueço jamais
Vi teus dentes
e
teu sorriso cativante
Eu vi
Eu vi tua boca no teto
Eu olhava... e ela chegou
Tão aberta, tão certa
Um dia destes eu senti tua mão
Correndo, correndo
Sem direção
Um dia destes tu estiveste comigo
(sem estar)
Mas se tudo é sonho por que vou me preocupar?
Entre os “ontens” existimos
E choramos e sorrimos
Entre os amanhãs nos procuraremos
E nos encontraremos
No hoje somos a ideia
A inconcebível ideia de dois doidos de pedra