DESABAFO AO SENHOR

 
E eis que após a combustão, depois da explosão,
 
apareces com um grande sorriso, derrubando cancelas,
 
abrindo o portão como se nada tivesse acontecido...
 
Chegas sorrateiro, sentando-se ao lado dessa que
 
a muito é minha desconhecida. Dessa estranha
 
que mora comigo e que é impreterivelmente tua.
 
Senhor, por favor, deixe-me provar de todas as dores,
 
mas afasta esse cálice proibido. Afasta-o de mim!
 
Tenho sede e fome dos beijos dele, pecado que
 
me aniquila e domina. Enquanto ele se farta dos
 
amores que lhe passam sorrindo pelo caminho.
 

Jamais serei dele... Sempre serei dele...

A alforria já foi escrita, mesmo sendo à lápis...



 
 
Railda
Enviado por Railda em 25/07/2011
Reeditado em 08/11/2013
Código do texto: T3117801
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