A Vida é feita de Momentos...

Há momentos felizes, inesquecíveis,

Bons, que passam rápido demais...

Mas estão sempre vivos na memória

Há que buscá-los! Esquecer? Jamais!...

Estes momentos felizes lembram noites

Banhadas por fragrâncias sem igual...

Lembram carícias, beijos muito doces

Com a candura do Amor tão virginal...

Há outros momentos: outros, os que dançam

Como o fogo em labaredas de paixão...

Lembram alcovas encantadas e macias

Onde se faz amor com alma e coração...

Há outros momentos... Despedidas,

Com promessas de voltas ansiadas!

O tempo passa devagar... As madrugadas

São imensas... Mas há a esperança da chegada!

E quando o Reencontro acontece

Corpos saudosos se procuram e se dão!...

Beijos, carícias, gemidos... Levarão

Toda a tristeza da saudade já sofrida!

No Reencontro faz-se Amor: mágica forma

De recuperar perdido tempo em sofrimento!

Corpos se entregam; volúpia, movimento,

E depois a paz, o descanso, longo abraço...

Mas há momentos terríveis: Despedida

Inesperada: alguém vai, e não se sabe

Se voltará outra vez à nossa vida...

Nestes momentos quer-se dar adeus a tudo!

Morre a esperança e vem a dúvida que cresce

E a incerteza nos traz um chorar mudo...

É o “não saber”, o “como está”, "estará feliz"?

Terá guardado de nós algum carinho?

Será que somos a pessoa que mais quis?

O amor dará coragem de um retorno?...

Ou lhe será melhor... manter distância?...

Ou terá em sua mente um outro acordo?

Ouvirá de outro alguém palavras ternas

Como as que lhe dizia ao pé do ouvido?...

As juras do outro amor serão eternas?...

E aí os momentos param, para o tempo,

No pior instante, o da tristeza,

O "não saber" que se transforma num lamento...

Profunda dor e agonia... Nos envolve

Mágoa maior do que se pode suportar

E a esperança de viver ninguém devolve...

São momentos!... E todos de uma Vida

Que se alternam!... Mas o último é o pior

É o que perdura! E onde estou consumida...

Momentos!! Deles é feita a vida dos mortais...

Rápidos, lentos... Mas os do Inesperado

Tem sabor de “Adeus” – e são fatais!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 24/07/2011
Código do texto: T3116320
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