Velejando em Versos

Por sobre o chão de giz,

Me solto em devaneios prenunciados

Num outrem remoto; Olhares únicos,

Trazendo em quimeras sois e luas

De um poema exposto pelo coração!

Diante da luz refletida,

Saúdo a noite sob minhas letras

Reverenciando a voz, o castelo erguido

Do sonho, da roupagem, do milagre

De vivenciar o sentimento!

O som vem de dentro para fora

Resgatando joias e instantes

Impregnados pelos içares daquele condão,

Desenhado pelo tempo, construído entre desejos,

Maculado nos andares da nave pela imensidão!

Eterna seja a musicalidade,

A força dos versejares, velejando

Pelos quatros cantos,

Entre os quatro ventos, plantando, colhendo

O amor em todos os seus matizes!

Auber Fioravante Júnior

09/07/2011

Porto Alegre - RS